sábado, 31 de outubro de 2009

Radioisótopos

Os Radioisótopos se referem a Isótopos que emitem radiação, ou seja, Isótopos radioativos.

Isótopos são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa, mas como saber se são radioativos?

Conheça alguns:

Isótopos do Hidrogênio:

1H1 2H1 3H1

Observe que os isótopos do elemento Hidrogênio possuem o mesmo número atômico (1), mas diferentes massas. O isótopo com massa 1 é o mais comum e não é radioativo. Já o isótopo com número de massa 2 é radioativo e dá origem às bombas de hidrogênio, e o isótopo com massa 3, ocorre em quantidades menores e é também radioativo.


Isótopos do Carbono:

12C6 14C6

O isótopo de Carbono 14 é um radioisótopo artificial, embora também exista na atmosfera, já o Carbono 12 é o mais comum na natureza, está presente no diamante, na grafite, etc.

O Carbono 14 é responsável por decifrar a idade de fósseis antigos, e por isso é elemento base na Arqueologia.

Isótopos do Urânio:
238
U92 235U92

O isótopo de Urânio 238 não é radioativo, mas o 235 sim, e é usado para construir os reatores nucleares e as bombas atômicas.


Isótopos do Cobalto:
59Co27 60Co27

O Cobalto com número de massa 59 é o isótopo natural, já o Cobalto 60 é fabricado de modo artificial pelo bombardeamento do isótopo 59 com nêutrons. Este último é aplicado no tratamento de tumores. Veja a figura que ilustra o processo de bombardeamento do átomo de Cobalto:


Neutron Raios Gama

Prótons

Co27 Co27 Co27

32 33 33

Núcleo de Coalto

Neutron Radioativo



Repare que um nêutron (indicado pela seta marron) colide com o núcleo de Cobalto modificando-o, neste instante ele adquire a propriedade radioativa e passa a emitir raios gama (indicado pela seta preta à direita).

O Cobalto 59 possui 27 prótons e 32 nêutrons (27+32 = 59), com o ganho de mais um nêutron passa a adquirir massa total = 60.

Os radioisótopos são muito úteis na agricultura, na engenharia, na medicina, etc., é importante lembrar que apresentam um alto grau de periculosidade e por isso são manipulados somente com o auxílio de robôs.

Urânio

O que tem a ver a radiação do Urânio com manchas em filmes fotográficos? Pode parecer estranho, mas foi exatamente isso que permitiu a descoberta da radioatividade deste elemento.

O cientista Francês Henry Becquerel (1852-1908) foi o responsável por esta façanha, veja como foram feitos os testes de Becquerel com a radiação do Urânio:

1. Primeiramente ele envolveu chapas fotográficas com papel preto e as guardou em gavetas que continham o sal sulfato duplo de potássio e uranilo;

2. Após alguns dias depois percebeu que as mesmas continham manchas, este fato o levou ao questionamento: por que as chapas, apesar de estarem envoltas pelo papel e bem escondidas, ficaram manchadas?

3. Becquerel concluiu que o que manchava as chapas fotográficas não eram raios solares, devido o material estar bem protegido da luz solar, mas poderia ser uma espécie de radiação proveniente do Urânio;

4. A partir deste teste surgiu uma dúvida: será que outros sais também mancham as chapas fotográficas? Becquerel então realizou mais testes envolvendo outros sais, mas somente quando o sal de Urânio estava envolvido é que ocorriam os efeitos radioativos.

Estas observações levaram Becquerel a concluir que o Urânio se tratava de um elemento radioativo, e a radiação emitida por ele recebeu a denominação de raios de Becquerel. Estes estudos com Urânio radioativo renderam a Henry Becquerel o prêmio Nobel.

É importante lembrar que os raios de Urânio são invisíveis, penetrantes e altamente perigosos e por isso são nocivos a nossa saúde.

Radiações Alfa, Beta e Gama.

Sabe-se que as radiações são invisíveis aos olhos humanos, mas existem, e dentre elas se encontram a Alfa, a Beta e a Gama. Radiação é a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética, veja como se comportam as seguintes radiações:

Radiação alfa (α)

Essa radiação possui carga positiva, é constituída por 2 prótons e 2 nêutrons, a barreira que não permite sua penetração é a folha de papel alumínio. A radiação alfa possui uma massa e carga elétrica relativamente maior que as demais radiações, além de ser muito energética.

Radiação beta (β)



A radiação beta é a que possui carga negativa, por isso se assemelha aos elétrons. Os raios beta são mais penetrantes e menos energéticos que as partículas alfa, conseguem atravessar o papel alumínio, mas são facilmente barrados por pedaços de madeira.

Radiação gama (γ)


A Radiação gama não é muito energética, mas é extremamente penetrante, podendo atravessar o corpo humano, é detida somente por uma parede grossa de concreto ou por algum tipo de metal. Por tais características, essa radiação é nociva à saúde humana, ela pode causar má formação nas células.

Observação importante: apenas os raios alfa e beta possuem carga elétrica, os raios gama são isentos de carga.
Sem o devido conhecimento, estas três radiações podem representar perigo, mas quando são devidamente usadas se tornam úteis, principalmente na medicina: são empregadas no tratamento de tumores cancerígenos.

O que é Radiação

Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com velocidade e energia elevada, que em contato com uma determinada matéria produz efeitos sobre ela. Podem ser originadas a partir de fontes naturais como átomos ou por dispositivos desenvolvidos como rádio e forno microondas. As formas de radiação mais conhecidas e comuns no dia-a-dia são o laser, raios X, rádio AM e FM.

Após alguns estudos, as radiações foram caracterizadas por:

Radiação alfa com baixo poder de penetração;



Radiação beta com médio poder de penetração;



Radiação gama com alto poder de penetração.

A primeira lei da radioatividade que diz que o átomo de um elemento radioativo ao emitir partículas alfa origina um novo elemento com massa de 4 unidades reduzidas e número atômico com 2 unidades reduzidas.

A segunda lei da radioatividade diz que quando o nuclídeo de um elemento radioativo libera partículas β se transforma em um novo elemento com mesma massa e uma unidade a mais no número atômico.

Um elemento químico pode emitir de forma espontânea uma radiação e se transformar em um novo elemento químico denominando de transmutação natural.

Quando isso ocorre de forma induzida denomina-se transmutações artificiais.

Radianção Gama

Radiação gama, proveniente dos raios gama (γ), é um tipo de radiação eletromagnética produzida geralmente por elementos radioativos. Os raios gama, devido à alta energia que possuem, são capazes de penetrar na matéria mais profundamente que a radiação alfa ou beta.

O processo de irradiação de diferentes produtos com raios gama cresce significativamente no mundo. Devido à sua elevada energia, podem causar danos no núcleo das células, por isso são usados para esterilizar equipamentos medicos, alimentos e diversos outros produtos.

Com relação a produtos alimentícios, a irradiação com raios gama permite a descontaminação de alimentos através da eliminação de microrganismos patogênicos, tais como a Salmonella Typhimurium. Além disso, eleva a vida útil do produto, aumentando o seu tempo na prateleira.

No espaço, as explosões cósmicas de raios gama são os fenômenos que emitem a maior quantidade de energia por unidade de tempo no universo. Uma única explosão, com uma duração típica de alguns segundos, emite tanta energia em raios gama quanto o Sol vai emitir durante toda a sua vida (estimada em 10 bilhões de anos).

Elementos Radioativos

Os elementos integrantes da tabela periódica são constituídos por átomos isótopos, ou seja, átomos com o mesmo número atômico e diferentes números de massa. Isótopos contribuem para a formação do elemento.

Os radioisótopos correspondem aos isótopos radioativos de qualquer elemento. Os elementos químicos podem se classificar em radioativos e não-radioativos.
Sendo assim observe o exemplo:

1H1 2H1 3H1

Repare que os isótopos do elemento hidrogênio possuem o mesmo número atômico, mas diferentes massas.

Hidrogênio com massa 1: chamado de prótio, é o mais abundante na natureza, 99,9 % dos isótopos de hidrogênio são desse tipo, este não é radioativo;

Hidrogênio com número de massa 2: também chamado de deutério, ocorre na porcentagem de 0,017%, esse isótopo é radioativo e dá origem às bombas de hidrogênio;

Hidrogênio com massa 3: trítio, ocorre em quantidades menores e é também radioativo.

Veja mais exemplos de elementos radioativos:

238U92 235U92

O Urânio 238 é mais abundante na natureza, já o Urânio 235 ocorre apenas em 0,72% do total. Esse último é radioativo e é usado para construir os reatores nucleares e as bombas atômicas.


59Co27 60Co27

O Cobalto com número de massa 59 é o isótopo natural, já o Cobalto 60 é fabricado de modo artificial pelo bombardeamento do isótopo 59 com nêutrons.

O Cobalto 60 é aplicado no tratamento de tumores.

12C6 14C6

O Carbono 12 é o mais comum, o Carbono 14 é um radioisótopo artificial, embora também exista na atmosfera. É denominado de contador radioativo do tempo, mas por que ele recebe esse nome?

O Carbono 14 está presente numa proporção constante nos organismos vivos dos animais, após a morte de um animal esse carbono continua presente, mas vai se desintegrando, ou seja, sua taxa no organismo começa a decrescer. Para saber a quanto tempo ocorreu a morte de um animal, basta medir a quantidade de carbono que existe no cadáver (a meia-vida do carbono é de 5.600 anos).

Este processo é útil para revelar a idade de plantas, múmias e amimais fósseis. Os isótopos estão sendo cada vez mais utilizados, e de formas variadas: na agricultura, na engenharia, na medicina, etc.

Observação: Os isótopos radioativos são manipulados por robôs, pois o contato com eles é prejudicial à saúde humana.

Lixo nuclear como descartá-lo?

Chamamos de lixo nuclear aos rejeitos radioativos provenientes de hospitais, usinas nucleares, centros de pesquisas, entre outros. O material descartado é resultado da atividade com elementos radioativos tais como Urânio, por exemplo, que oferecem riscos à saúde do homem e também à natureza. Sendo assim, é imprescindível que este tipo de material não seja reutilizado, e tenha um descarte correto, veja como isso pode ser feito:

O lixo nuclear precisa passar por um tratamento adequado, em seguida ser embalado e, por fim, ficar armazenado em locais específicos por um período, até que sua radiação tenha fim e não ofereça mais riscos. Este período não é fixo, podendo variar de um lixo para outro.

Os rejeitos de usinas nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo que varia de 50 a 300 anos. No Brasil, este tipo de descarte é realizado nas mineradoras e em institutos energéticos.

O descarte feito em cavernas é necessário para o lixo com alta atividade nuclear, como combustíveis de reatores, os quais precisam ficar completamente isolados. Estas cavernas são construídas especialmente para este fim e possuem 800 metros de profundidade.

Na cidade de Goiânia, onde aconteceu um acidente nuclear com Césio 137 no ano de 1987, foi preciso criar o repositório, que é um local onde os rejeitos nucleares da catástrofe foram armazenados. Este local é afastado da cidade e o lixo radioativo foi soterrado a uma grande profundidade. Entre os materiais confinados estão objetos pessoais das vítimas do Césio, isolados por placas de chumbo (isolante).

Fussão e Fissão nuclear qual a diferença.

Qual a diferença entre Fissão Nuclear e Fusão Nuclear? Vejamos primeiro o que seria uma Fissão Nuclear: reação que se inicia com o choque de um nêutron com um núcleo instável que proporciona a quebra deste último e, por este motivo, é chamada de fissão nuclear (divisão do núcleo). Exemplo de fissão nuclear: o núcleo do elemento Urânio pode sofrer uma fissão e gerar grande quantidade de energia, por isso o Urânio é considerado radioativo.

O bombardeamento de partículas que leva a ruptura do núcleo é um processo em cadeia, ou seja, quando a fissão se inicia produz novos nêutrons que irão se chocar com mais núcleos instáveis e levar a outras fissões.

Já a Fusão Nuclear consiste na união de núcleos para dar origem a novos elementos químicos. Exemplo de fusão nuclear: você sabia que o sol só existe devido à fusão nuclear de átomos de hidrogênio? O hidrogênio se funde dando origem a dois prótons correspondentes aos átomos de Hélio e esta reação libera grande quantidade de energia, mas ocorre somente na forma natural, pois não se pode reproduzí-la artificialmente, sabe por quê? Seria necessária uma temperatura elevadíssima, o que ofereceria muitos riscos a operação.

Energia nuclear evita o efeito estufa?

É possível obter energia ecologicamente correta? Com todos os perigos oferecidos pelas Usinas Nucleares, uma coisa é certa, é a única fonte de energia que não está contribuindo para o efeito estufa. Daí cabe o ditado: “A maneira correta de usar é que gera os benefícios”, a radioatividade usada corretamente pode sim gerar beneficios.

Durante o processo de obtenção de energia nas Usinas Nucleares, não é gerado nenhum gás causador do efeito estufa, como, por exemplo, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s (clorofluorcarbonetos).

Não estamos descartando os perigos oferecidos pela Energia Nuclear, o chamado lixo Nuclear (rejeitos no processo de obtenção da energia) constitui sim uma ameaça, mas se devidamente descartado, passa a não oferecer mais riscos.

Os cientistas envolvidos neste estudo têm como objetivo principal a conscientização sobre a ameaça das Usinas Termelétricas movidas a carvão mineral, segundo eles, essas são as grandes vilãs do aumento de agentes poluidores nos últimos anos.

O problema estaria resolvido se não existissem empecilhos, a Energia Nuclear é obtida a um alto custo, ou seja, custa caro e requer tempo prolongado para sua implantação. Faz-se necessária uma equipe treinada para o trabalho, com cuidados de segurança em todo o processo.

Mas se analisarmos como defensores do meio ambiente, todos estes inconvenientes não seriam somados. O alto investimento se justifica pela diminuição da taxa de poluentes, se todos pensassem assim, as Usinas Nucleares passariam a ser a única fonte de energia.

Energia Nuclear Brasileira

A tecnologia nuclear no Brasil é única, a nossa energia não é produzida a partir de Urânio 235 como de costume, o Urânio 238 também entra no processo. Estas duas formas são isótopos do elemento Urânio.

A diferença começa no fato de que o Urânio no Brasil é extraído do minério, o qual é um sal amarelo que ficou mais conhecido como “yellow cake”. Esta forma mineral possui em sua composição 99,3 % de Urânio 238 e apenas 0,7% de Urânio 235. Mas a energia nuclear só é obtida a partir do Urânio 235, que pode sofrer fissão nuclear, enquanto o seu isótopo Urânio 238 não.

Veja então como é feito o processo para converter a pequena porcentagem de Urânio 235 proveniente do minério “yellow cake” em energia nuclear.

1. Primeiramente o urânio é extraído do mineral na forma de um gás, o hexafluoreto de urânio (UF6);
2. O gás é então convertido em pó de urânio, cuja fórmula é UO2 (dióxido de urânio);
3. O pó de Urânio passa por vários processos até chegar ao produto final: pastilhas de 1 centímetro contendo combustível nuclear.

O produto pode ser denominado de Urânio enriquecido porque foi aumentada sua taxa de U235, e é uma rica fonte de energia, uma vez que apenas uma pastilha do material pode gerar energia suficiente para abastecer uma residência durante duas semanas.

Bomba de Hidrogênio

Antes de saber o que é uma bomba de hidrogênio, você precisa se informar sobre a diferença entre fusão nuclear e fissão nuclear.

Na bomba de fissão, nêutrons são disparados contra núcleos de átomos de urânio ou de plutônio, ocasionando uma reação em cadeia. Fissão nuclear significa quebra do núcleo atômico, ou seja, o nêutron lançado proporciona uma divisão do átomo de Urânio. Essa técnica foi utilizada para fabricar as bombas atômicas disparadas em Hiroshima e Nagasaki.

Já a bomba de fusão foi ideia do físico Edward Teller, um dispositivo que opera forçando a fusão do deutério (H2) e do trítio (H3) - isótopos do hidrogênio. A explosão resultante é muito mais forte do que a resultante da fissão nuclear.

Fusão Nuclear significa junção, união de dois ou mais núcleos atômicos leves, originando um núcleo atômico mais pesado e uma grande quantidade de energia. A bomba atômica ativada por este princípio ficou conhecida como bomba de fusão termonuclear ou bomba de hidrogênio.

Entendeu a diferença? Na fissão nuclear, átomos se “quebram” liberando grande quantidade de energia, na fusão nuclear acontece exatamente o contrário, os átomos se "unem" para liberar energia.
A energia liberada durante a explosão é calculada pela equação E = mc2, onde c é a velocidade da luz e m é a variação da massa nuclear que se transforma em energia.

Em novembro de 1952, os EUA realizaram o teste com a primeira bomba de hidrogênio da História, em um local afastado da população (atol de Enewetak, nas ilhas Marshall). A potência da explosão foi comparada a 10 milhões de toneladas de TNT, a energia liberada pela bomba foi 700 vezes maior que a da bomba de fissão detonada sobre Hiroshima.

E os estragos causados pela detonação se resumem em uma só frase: a ilha desapareceu! No local da explosão restou apenas uma vasta cratera. Isto comprovou que o dispositivo seria suficiente para detonar qualquer grande cidade.

Césio

O Césio 137 é um isótopo radioativo resultante da fissão de urânio ou plutônio, é usado em equipamentos de radiografia, até aí tudo bem, o problema ocorre quando este isótopo é desintegrado e dá origem ao Bário 137m que passa a emitir radiações gama. Os raios gama possuem um grande poder de penetração, sendo nocivos ao ser humano.

O maior acidente já ocorrido com o Césio 137 foi na cidade de Goiânia, em 13 de setembro de 1987. Toda a tragédia foi decorrente de um descuido na fiscalização do lixo radioativo, onde catadores de sucata retiraram de um aparelho de radioterapia abandonado aquilo que seria fatal: a cápsula misteriosa. Dentro desta cápsula encontraram algo jamais visto, tinha aspecto brilhante e encantava a todos, este material foi distribuído entre curiosos, inclusive crianças. A beleza radiante fez com que passassem o material até pelo próprio corpo: era o brilho da morte.

Esse material era o Bário e se desintegrava em um pó azulado e fosforescente, altamente tóxico. Somente após 16 dias da abertura da cápsula é que foi acionada a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem) e o caso foi controlado. As conseqüências deste acidente são vistas até hoje, muitos sobreviventes sofrem doenças como câncer, hipertensão e distúrbios variados, e recebem tratamento médico contra estes males.

Bomba Atomica

A Bomba atômica é uma arma de energia nuclear que possui um grande poder de destruição. Foi elaborada durante a Segunda Guerra Mundial quando houve a necessidade de desenvolver novas armas de combate. Partindo dessa necessidade, alguns cientistas realizaram pesquisas do átomo partindo das teorias de Albert Einstein.

Antes de saber sobre o funcionamento da bomba atômica você precisa saber sobre o elemento Urânio, um dos causadores da explosão. O Urânio é um isótopo, ou seja, existem duas formas do elemento Urânio, elas possuem o mesmo número atômico, mas se diferem na quantidade de massa.

O Urânio com massa 238 é mais comum na natureza, já o que possui massa 235 representa apenas 0,72% do total de Urânio existente, e é justamente ele que representa perigo à humanidade. É usado em reatores nucleares e em bombas atômicas.

Quando o núcleo do átomo de urânio 235 é atingido velozmente por um nêutron em alta velocidade, ele se quebra em dois pedaços e lança mais nêutrons e porções de energia. Cada um dos nêutrons projetados pela quebra atinge outros núcleos de átomos de urânio, realizando novamente a quebra e gerando mais nêutrons e mais energia, e assim sucessivamente. Esse processo é chamado de fissão nuclear (fissão=quebra, nuclear= núcleo) e significa a quebra do núcleo.

Em 1942, cientistas nos Estados Unidos realizaram a primeiraexperiência
atômica e obtiveram êxito. Aproveitando a descoberta, o presidente americano Harry Truman, querendo forçar o Japão a sair da guerra, ordenou que fossem lançadas duas bombas sobre o país.

Em 06 de agosto foi lançada a primeira bomba em Hiroshima e três dias depois a segunda bomba em Nagasáqui. Tais lançamentos provocaram a morte de 200 mil pessoas em Hiroshima e de 150 mil pessoas em Nagasáqui. Essa arma nuclear tinha a potência equivalente a 20 mil toneladas de dinamite. Ainda hoje, passados 58 anos da explosão da primeira bomba atômica, o número de vítimas continua sendo contabilizado, já ultrapassando 250 mil mortos.

Vale lembrar que uns poucos quilos de Urânio é capaz de provocar um enorme estrago como o que ocorreu em Hiroshima e Nagasáqui.

Americo

O elemento químico Amerício é altamente radioativo, ele emite raios gama (γ) e partículas alfa (α). Esse elemento é encontrado em detectores de fumaça, encontrado em lares, escolas, onde se pretende obter maior segurança contra incêndios. Esses detectores são responsáveis por milhares de vidas salvas, já que detecta o incêndio assim que é iniciado.

Outra utilização de amerício é na produção de nêutrons para sondas analíticas. Os raios gama emitidos pelo Amerício são muito penetrantes, mais que os raios X, sendo por isso designado para a aplicação em sondas.

Os raios penetrantes do amerício já foram usados em radiografias para averiguar a quantidade de gordura em tecidos e de minerais nos ossos. Apesar dos benefícios, este elemento é perigoso por sua radioatividade, não exercendo nenhum papel no organismo, pelo contrário, pode destruir as células do corpo. Seu uso em detectores de fumaça deve ser controlado e o descarte destes equipamentos deve ser cuidadoso, para não ocorrer contaminação radioativa.

Aplicações da Radioatividade

A radioatividade é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos chamados radioativos são capazes de emitir radiações. As radiações emitidas pelas substâncias radioativas são: partículas alfa, partículas beta e raios gama.

Apesar dos efeitos nocivos à saúde, a radioatividade está presente em muitas áreas. Muitas pessoas fazem a associação da radioatividade com apenas coisas negativas como bombas atômicas ou armas nucleares, mas a energia nuclear é mais do que isso. Conheça algumas aplicações benéficas da radioatividade:

Medicina


Vários isótopos radioativos são usados na medicina. Um exemplo é quando vamos fazer uma cintilografia com o intuito de verificar as condições de nossos órgãos internos, e introduzimos no organismo uma pequena quantidade de material radioativo. Os isótopos que apresentam essa característica são denominados radiotraçadores, eles possuem a proprieadade de se acumularem em um determinado órgão.

Assim, o radiologista poderá determinar o nível e a localização das radiações emitidas pelos isótopos após o paciente receber uma dose de material radioativo. As radiações beta (β) ou gama (γ) incidem sobre filmes fotográficos, e refletem imagens do órgão que se pretende estudar.

Agricultura e alimentação


Muitos alimentos frescos (carnes, peixes, mariscos, etc.), não podem passar por métodos convencionais de eliminação de bactérias como a pausterização térmica. Sendo assim, para impedir o crescimento de agentes produtores da deterioração, esses alimentos são submetidos a radiações que destroem fungos e bactérias.

A mãe da radiação

Os estudos sobre a radioatividade tiveram a colaboração de uma dama do século XIX, o nome dela era Marie Sklodowska Curie (1867-1934). Essa cientista realizou experimentos sobre a radiação a partir do elemento Urânio, ela utilizou da linha de raciocínio do físico francês Antoine Henri Becquerel (1852-1908), que percebeu que um sal de Urânio emitia radiações. Este sal era o sulfato duplo de potássio e uranila, K2(UO2) (SO4)2.


Marie Curie constatou o que Antoine Henri propôs através de intensos estudos envolvendo Urânio, esse elemento foi classificado como radioativo e a partir daí ainda descobriu dois novos elementos radioativos: o Rádio e o Polônio, inclusive o nome deste último foi em homenagem à terra Natal de Marie Curie, a Polônia.

Os trabalhos de Marie Curie lhe renderam dois prêmios Nobel, um de Física em 1903 e outro de Química em 1911, aliás, ela foi à única pessoa a alcançar o mérito de ser premiada em duas categorias diferentes. Conheça agora um pouco da história desta corajosa cientista:

Marie Curie nasceu na hora e no lugar errado para uma mulher incrivelmente inteligente que queria cursar uma Universidade. Na Polônia do século XIX as mulheres eram proibidas de elevar seus estudos, mas Maria não desistiu de seus sonhos e se mudou para Paris para estudar em uma das faculdades mais conceituadas da época: a Sorbonne. Alguns anos mais tarde ela foi à primeira mulher a ministrar aulas nessa universidade.

Com a ajuda do marido Pierre Curie, que era físico, Marie Curie explorou o mineral chamado pechblenda, descobriu os dois novos elementos já citados, e inventou o termo radioatividade, foi a partir daí que se intensificaram os estudos neste assunto. As contribuições de Marie Curie para a Química e Física ficaram famosas e por isso ela é chamada de “mãe da radiação”.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Definição da Quimica Nuclear


A Química Nuclear é ligada à radioatividade, ela utiliza os elementos para obter energia, por exemplo: o Urânio.

Esse ramo da ciência ganhou maior destaque a partir da Segunda Guerra Mundial, devido às explosões de bombas atômicas nesse período. Mas felizmente podemos fazer um bom uso da radioatividade, veja por que:

Benefícios da Química Nuclear:

• Aplicação na medicina para o tratamento de tumores cancerígenos;

• Nas indústrias a radioatividade é utilizada para gerar energia substituinte à energia gerada por hidrelétricas;

• Na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos. Nesta seção você terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre este novo gênero da Química, se atualizar sobre os avanços e benefícios, como também os malefícios gerados por esta Ciência que se relaciona com a radioatividade.